Tenho muitas histórias com ele, a nível de camaradagem. Lembro-me que pelo menos uma vez por ano íamos para fora, e havia sempre aquela coisa de dormirmos fora. Estávamos em Salamanca em 2004, ele ficou em segundo lugar e nós dormimos num tapete de judo em sacos cama. Depois no ano a seguir em 2005 fomos a Madrid. Era sempre uma maluqueira com os colegas. Sempre um bom espírito de equipa. Fez muitas flexões de braços quando se portava mal. Ás vezes, quando eles se portavam mal, enchiam todos ao mesmo tempo, e muitas vezes falávamos, passado muitos anos, não era das classificações que tínhamos, era daquela vez que enchemos todos e que os gelados até derreteram na mão do Cavaco.
Entretanto fez-se um homem. Quem fez a preparação dele para cinto negro fui eu, e fui eu que fiz o exame com ele para cinto negro . Estávamos neste momento, embora já não fosse meu atleta, a preparar o exame para 2ºDan, eu ia ser novamente o Uke dele, mas infelizmente não deu tempo.”
Luís Mendes – Amigo e colega de treino do Tiago
“Conheci o Tiago desde que ele veio de Lisboa. Sempre foi muito competitivo, com muita garra e com vontade. Foi ele que me ajudou a integrar-me na selecção e a estar mais a vontade com as pessoas da selecção e com alguns treinadores. Foi um grande companheiro de quarto e grande amigo nos estágios e provas. Nas provas concentrava-se muito e era muito competitivo. Quase só via a competição, não via mais nada à volta. Puxava muito por nós quando nós estávamos a competir e a treinar. Estava sempre a querer mais. Treinar mais, entrar em luta connosco para puxar mais por nós, e era muito bom. Foi sempre uma pessoa com quem consegui conversar bem e éramos muito amigos. Era um dos meus melhores amigos. Na escola não conseguia ter muitos amigos, era só no judo, e ele foi sempre aquela pessoa em quem eu me consegui apoiar. Acho que faz falta lá na AAC, e a mim, e a todos nós. Dizia sempre para fazer mais ganchetas porque gostava muito de fazer ganchetas. Tinha sonhos de ser olímpico e queria que eu também fosse mas noutra categoria. Nunca competi com ele, mas fizemos nacionais de equipas, foi muito bom. Combatemos quase um ao lado um do outro. Ele puxava muito mais, estava sempre ao nosso lado quase como se fosse treinador e conhecíamo-nos bem e era muito bom para os dois, estarmos quase um ao lado do outro a combater.”
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